Foto: Bruno Wendel/CORREIO O motorista de aplicativo Rafael Barbosa Souza, 30 anos, era "do corre". Para ele não havia tempo ruim, afinal, como muitos trabalhadores, tinha uma família para sustentar. Começava cedo, às 5h e só parava às 23h, se dividindo entre Salvador e Lauro de Freitas, onde morava. Rafael foi assassinado a tiros, na noite desta terça-feira (29), dentro do carro em que usava para o trabalho enquanto transportava três passageiros - dois homens e uma mulher. O crime ocorreu por volta das 20h30 no centro de Lauro. De acordo com testemunhas e parentes de Rafael, depois dos disparos, foram vistos saindo do carro dois homens e uma mulher, que carregava uma criança de colo. "Foi o que ficamos sabendo. Havia um homem no banco do carona e atrás estava casal, sendo que a mulher segurava uma criança", contou o tio de Rafael, o vendedor Luiz Souza, 40. Segundo a Polícia Civil, a 23ª Delegacia (Lauro de Freitas) é a unidade que apura a morte de Rafael, baleado duas vezes na Praça da Matriz, no centro da cidade. "Após os tiros, o carro colidiu em um muro e três pessoas desembarcaram. Autoria e motivação do crime serão investigadas", diz nota enviada ao CORREIO. A polícia não informou se os pertences da vítima foram levados pelo assassino. Conversas gravadas Quando chegou ao local, a Polícia Civil constatou que, apesar da morte de Rafael, a corrida não tinha sido encerrada, o que possibilitou os investigadores colherem pistas relevantes do caso, como exemplo, a conversa num chat do aplicativo entre o motorista e o provável autor dos disparos. “No diálogo, o cara dizia que outros motoristas se recusaram a buscá-lo em Vida Nova. O bairro é conhecido pelo histórico de assaltos e a gente recomenda aos motoristas que recusem esses chamados”, declarou Átila Santana, do Simactter.
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