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Agricultor nordestino encontra “tesouro enterrado” no quintal de casa

 Uma lata velha e enferrujada, mas cheia de dinheiro foi encontrada no assentamento Dom José Maria Pires, na zona rural de Alhandra, Litoral Norte da Paraíba. Toda a euforia que o achado provocou entre as pessoas do local, entretanto, foi em vão já que o dinheiro não tem valor algum. Isso porque as notas são todas antigas, de cruzeiros e cruzados, que acabaram esquecidas no local.


Agricultor encontra dinheiro enterrado em assentamento rural em Alhandra, na Paraíba — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

Tudo começou quando o agricultor Anderson Teixeira cavou uma área em frente a sua casa. E, pouco depois de iniciar o trabalho, se surpreendeu com o objeto. Era uma lata, aparentemente de leite em pó ou de outro produto similar, com 45 cédulas de dinheiro antigo.

“Eu pensei que era real. Que eu tinha tirado a sorte grande. Mas que nada”, afirmou Anderson, aos risos.

Ele explicou que, frequentemente, poças estavam se formando na frente de sua casa. Para resolver o problema, ele iniciou uma obra para reparar o local.


Agricultor encontra dinheiro enterrado em assentamento rural em Alhandra, na Paraíba — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

Começou a bater na terra para fazer um buraco, quando escutou o som de algo batendo em um metal – diferente do que era o esperado. Achou a lata, abriu e viu o dinheiro enrolado num saco preto que já se desmanchava.

Achado foi assunto do dia
No assentamento, localizado a 38km de João Pessoa, moram 380 famílias, e, rapidamente, a notícia do achado do dinheiro — sem valor — virou o assunto do dia na região.

Anderson, entretanto, levou tudo com bom humor. E mesmo se tratando de um amontoado de cédulas sem valor, ele diz que pretende ficar com elas.

“Vou guardar de recordação. No futuro, mostrar para os meus netos, meus filhos. [Vou] Deixar para eles verem”, explicou.

Muito dinheiro… Mas só na época

A maioria das notas remetem à década de 1980. Mas João Vitorino, de 79 anos, o mais velho do grupo que ficou a admirar as notas de dinheiro, garante que algumas delas são ainda mais antigas.

“Isso aqui é antigo, mestre. Do tempo de Juscelino Kubitschek. Era muito na época. Mas hoje em dia não vale nada”, comentou em tom saudoso.

Botijas, uma tradição de azar

Segundo João Vitorino, o achado lembra as antigas botijas, uma tradição do interior nordestino de esconder tesouros em lugares inusitados.

Para ele, inclusive, encontrar botijas pode dar azar, segundo reza a tradição. “É bom deixar umas moedas no lugar delas, para garantir”, ensina.





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