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'Polícia chegou atirando', diz cunhado de jovem que foi morto durante festa 'paredão' em Salvador

Em nota, PM disse que guarnições foram recebidas a tiros ao chegar no local. Morte ocorreu no bairro de Tancredo Neves; família fez protesto no mesmo bairro após o caso.

Protesto é feito por causa de morte de jovem de 19 anos — Foto: Arquivo Pessoal
"A polícia chegou atirando", disse o cunhado de Anderson Ferreira Marques, o jovem de 19 anos que foi morto a tiros em ação da Polícia Milita durante uma festa do tipo "paredão", entre a noite de domingo (16) e a madrugada de segunda (17). O caso ocorreu na rua Alvorada, no bairro Tancredo Neves, em Salvador.
O cunhado da vítima, que preferiu não se identificar, disse que estava com Anderson na festa, quando a polícia chegou.
"Eu estava junto com meu cunhado, consegui me salvar e meu cunhado foi atingido de frente. Eles não abordaram nem nada, já saíram atirando, mas eu consegui escapar e sobreviver", disse o rapaz.
"Era um jovem, trabalhador, criado na comunidade muito humilde, um pai de família, é trágico. Constantemente a gente é vítima disso aí", disse outro jovem que participou do protesto.
Em nota, divulgada na manhã de segunda, a PM afirmou que precisou intervir por causa de uma festa "paredão" no bairro de Tancredo Neves. A PM citou um confronto entre homens armados, mas não tinha registrado baleados. Segundo a Polícia Militar, os envolvidos conseguiram fugir. Foram realizadas incursões na região, mas os suspeitos não foram encontrados.
No protesto de segunda-feira, pneus queimados foram usados para fechar os dois sentidos da via na altura da localidade conhecida como Vila Dois Irmãos. Ônibus foram depredados.
Os moradores afirmam que Anderson Ferreira Marques, que residia no local, não era envolvido com crimes e não estava armado. O rapaz chegou a ser levado para o Hospital Roberto Santos, mas não resistiu aos ferimentos.
"É possível que a pessoa vá se divertir e tome um tiro?", questionou uma moradora.
Anderson deixa uma filha de cinco meses. Ele foi enterrado no cemitério de Candeias, na região metropolitana de Salvador.

Moradores fazem protesto na Estrada das Barreiras — Foto: Arquivo Pessoal

 

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