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Casemiro e Daniel Alves presenteiam jovem que trabalha na roça e corre 12 km para treinar

Volante do Petrolina, Gleisson recolhe, carrega e descasca aproximadamente 2 mil cocos por dia para ganhar R$ 40




Casemiro e Daniel Alves se comovem com história de jogador pernambucano.
A roça e o futebol sempre estiveram na família Santos. O trabalho no campo dá o sustento e a bola no gramado a alegria. Seu Zé do Coco até sonhou ser jogador, quando tinha 14 anos, mas na mesma época sofreu uma fratura na perna e abandonou os gramados para se dedicar apenas à colheita de cocos. Mas agora o filho dele, Gleisson, aos 19 anos, é quem cultiva o sonho de brilhar no futebol.
O jovem de Petrolina, no sertão pernambucano, acorda cedo para ir trabalhar na roça. O pai e o tio colhem o coco, e Gleisson recolhe, carrega e descasca. São aproximadamente 2 mil cocos por dia, para ganhar R$ 40 - dinheiro que ele ajuda nas despesas de casa, onde mora com a mãe e mais três irmãos mais novos.
Depois do trabalho no campo, vai para casa, almoça e, na falta de dinheiro para passagem de ônibus, vai para o treino a pé. São 12 quilômetros de casa até o estádio municipal, onde o Petrolina treina, e ele percorre esta distância correndo, sob um sol de mais de 30 graus. E no gramado, ainda tem fôlego para encarar o treino e correr em busca do sonho de ser um atleta profissional.
"Meu sonho é ser um jogador de futebol e dar uma vida boa para minha família. Tirar eles da roça", conta Gleisson.
Gleisson corre 12 km para treinar — Foto: Reprodução/TV Globo
Gleisson corre 12 km para treinar — Foto: Reprodução/TV Globo
A grande inspiração é um jogador da seleção brasileira e do Real Madrid: Casemiro.
- Ele é um cara que joga firme, sincero, não tem nada de brincadeira dentro de campo. Ainda hoje, o ZIdane fala que ele é uma peça fundamental no time dele.
Gleisson também quer ser fundamental no meio campo do Petrolina. O garoto teve participação importante no time sub-20 que pela primeira vez se classificou para jogar a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Em janeiro, o Petrolina foi para Araraquara, e perdeu os três jogos que fez - Ferroviária, Palmeiras e União Rondonópolis- MT, mas o volante conseguiu jogar bem. Tanto que na volta a Pernambuco foi promovido ao elenco profissional.
- É um garoto dedicado, que se empenha ao máximo nos treinamentos. É um garoto que vem subindo de produção. Tenho certeza que logo ele estará num grande clube de futebol - diz o técnico Higor César.
Gleisson trabalha na roça descascando coco — Foto: Reprodução/TV Globo
Gleisson trabalha na roça descascando coco — Foto: Reprodução/TV Globo
Caminho parecido com o que foi traçado por Daniel Alves. O lateral da Seleção saiu de Juazeiro, no lado baiano do Rio São Francisco, e soube pelo GloboEsporte.com da história de Gleisson, no lado pernambucano do Rio. Para apoiar o volante do Petrolina, Daniel Alves enviou uma mensagem em vídeo:
- Fala, Gleisson... aqui, quem fala é um jogador do Nordeste. Queria dizer que é uma grande honra e uma satisfação pra gente, saber que tem pessoas que valorizam a nossa arte, que valorizam o nosso povo, que valorizam o Nordeste. E nós como representantes do Nordeste, somos muito felizes.
Colega de Daniel Alves na seleção, Casemiro também tomou conhecimento pelo GloboEsporte.com do esforço de Gleisson e enviou, além do vídeo, uma camisa com a qual jogou pelo clube espanhol.
"Se for para andar doze, andar quinze, se for para andar vinte (quilômetros), acho que você tem que ir atrás do seu sonho", disse Casemiro, que finalizou "obrigado pelo carinho, você vai ser um grande jogador de futebol".
Com a camisa autografada em mãos, Gleisson se emocionou e garantiu que as mensagens e o presente são a realização de um sonho, além de um incentivo para ele seguir se dedicando para realização do sonho maior: ser um atleta profissional.

Do: globo.esporte.com

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