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Vaquejada de Serrinha indeniza trabalhadores em condição de escravidão

tudo aconteceu a partir de denúncia de que os homens contratados em Pernambuco e Alagoas para cuidar dos bois e cavalos que participam das competições da vaquejada tinham viajado sem guia de transporte de trabalhadores

Um termo de ajuste de conduta assinado no início da tarde de sexta-feira (02/09) permitiu a reabertura do Parque de Vaquejada Maria do Carmo, onde acontece a Vaquejada de Serrinha. As atividades no local haviam sido suspensas desda a manhã por causa do resgate de 17 trabalhadores por uma força-tarefa formada por procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e por auditores do Ministério do Trabalho, com o apoio de policiais rodoviários federais. A empresa promotora do evento se comprometeu em corrigir as irregularidades e em recontratar os trabalhadores.
A partir de denúncia de que os homens contratados em Pernambuco e Alagoas para cuidar dos bois e cavalos que participam das competições da vaquejada tinham viajado sem guia de transporte de trabalhadores, estavam atuando sem registro em carteira de trabalho e estavam alojados em condições subumanas, dormindo no curral, junto com os animas e bebendo água de uma fonte, sem qualquer tratamento, além de não dispor de alimentação adequada, a equipe se deslocou até Serrinha. No local, foram confirmadas as denúncias e realizado o resgate. Sem os trabalhadores para organizar as competições o parque teve que ser fechado.
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Após negociações, foi fechado um acordo em que a empresa se comprometeu a rescindir os contratos, recontratar os trabalhadores e garantir condições dignas de alojamento, alimentação, higiene e segurança, com o fornecimento imediato de equipamentos de proteção individual, água potável, refeições sendo realizadas no restaurante da Vaquejada e alojamento em uma fazenda da região. Auditores fiscais do trabalho permaneceram no município para confirmar o cumprimento de todos os itens previstos no acordo assinado entre os representantes da empresa e o Ministério Público do Trabalho, através das procuradoras Annelise Leal e Rosineide Moura.
O MPT vai manter o caso aberto, com um inquérito sobre o assunto na unidade do órgão de Feira de Santana. O Acordo fechado tem por objetivo garantir a oferta de condições dignas de trabalho para os 17 trabalhadores de agora em diante, mas não desobriga a empresa de responder pelos danos causados antes de ser fechado o acordo. Os trabalhadores estavam no local desde o dia 30 de agosto. Caso algum dos itens do TAC assinado hoje seja descumprido, poderá ser cobrada multa de R$30 por item descumprido.
Por Rogério Paiva | MPT:BA

Do Calila Noticias

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