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Volkswagen dá férias coletivas a mais de 8 mil e suspende produção no ABC paulista

Volkswagen dá férias coletivas a mais de 8 mil e suspende produção no ABC paulista

Operários da fábrica de São Bernardo do Campo só voltam ao trabalho daqui a 10 dias

o globo.com
Trabalhador em fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo - Dado Galdieri / Bloomberg News


SÃO PAULO. A Volkswagem colocou todos os empregados das linhas de produção de sua fábrica em São Bernado do Campo, no ABC paulista, em férias coletivas a partir desta segunda-feira. Os trabalhadores, aproximadamente 8 mil dos cerca de 13 mil funcionários da unidade, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, só retornarão ao trabalho daqui a 10 dias.

“A Volkswagen tem feito uso de ferramentas de flexibilização para adequar o volume de produção à demanda do mercado”, informou a montadora em comunicado.
Ou seja, as férias coletivas fora de época — geralmente esta folga é dada aos funcionários durante os feriados de fim de ano — devem-se ao fraco volume de vendas de veículos no mercado interno. Apenas os funcionários da área administrativa permanecem trabalhando. Na unidade são produzidos os modelos Gol, Saveiro e Jetta.
A unidade da Volks no ABC ficou em greve por dez dias em março, e a montadora recuou da decisão de demitir 800 empregados que estavam em layoff. Um novo plano de demissões voluntárias (PDV) com mais benefícios foi adotado e a montadora conseguiu a adesão de cerca de 800 trabalhadores, de acordo com o Sindicato.
PESSOAL AFASTADO EM OUTRAS DUAS UNIDADES
A Volkswagen tem ainda outros 940 empregados — 370 de sua fábrica em Taubaté (SP) e 570 da unidade de São José dos Pinhais (PR) em layoff (suspensão temporária dos contratos de trabalho).
A unidade da Volks em Taubaté produz os modelos Up!, Voyage e Gol. No dia 30 de março, a Volkswagen colocou 4.200 funcionários da unidade em férias coletivas e também paralisou a produção daquela unidade por 20 dias.
A GM, por sua vez, tem em layoff desde março 473 funcionários da fábrica de São José dos Campos, que emprega 5.200 pessoas. Os trabalhadores da unidade ficaram em greve por seis dias no fim de fevereiro, até chegarem ao acordo de suspensão dos contratos em vez de demissões.
A empresa anunciou que colocará, a partir desta terça-feira, 467 funcionários da fábrica de São Caetano do Sul em licença remunerada. Outros 850 funcionários da unidade já estão em lay off .
— Está difícil a situação aqui. Estamos tentando evitar este tipo de coisa, vamos conversar — disse Agamenon Nunes, diretor-executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo.
Ainda no Vale do Paraíba, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, 470 empregados da fábrica da chinesa Cherry, inaugurada há menso de um ano, estão há 29 dias em greve.
A Mercedes também já concedeu dez dias de férias coletivas no início do ano, tanto no ABC quanto em Juiz de Fora (MG), onde trabalham 900 pessoas.
No mês passado, a montadora alemã chegou a anunciar a demissão de 500 dos 715 empregados de sua fábrica do ABC que estavam em layoff. Mas recuou, depois que os empregados entraram em greve e paralisaram a fábrica por um dia, e os empregados voltaram ao layoff.

Na fábrica de caminhões da Ford, em São Bernardo do Campo, 424 trabalhadores estão afastados do trabalho por folgas acumuladas no banco de horas.

NÚMEROS DESANIMADORES
De acordo com a Anfavea, a associação que reúne as montadoras, as vendas recuaram mais de 17% nos três primeiros meses do ano. Os dados sobre vendas e produção da indústria em abril serão divulgados ainda nesta semana.
Depois dos dados negativos do primeiro trimestre, a entidade revisou suas projeções para o ano. A Anfavea prevê produção de 2,8 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus em todo o país, o equivalente a uma queda de 10% em relação aos 3,1 milhões produzidos de 2014. A projeção é mais pessimista do que a alta de 4,1% prevista em janeiro. O segmento que mais deve sofrer é o de veículos pesados, que inclui caminhões e ônibus.
Já para as vendas, a nova previsão da entidade é que sejam comercializados 3,03 milhões de veículos este ano, número que representa queda de 13,2% na comparação com 2014. Em janeiro, a Anfavea estimava que os licenciamentos de veículos novos ficariam estáveis em 2015.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/volkswagen-da-ferias-coletivas-mais-de-8-milsuspende-producao-no-abc-paulista-16052981#ixzz3ZEDRDvM8 
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