Polícia entra na mira da OAB após caso de travesti espancada
Uma resolução da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência recomenda que sejam oferecidos aos travestis “espaços de vivência específicos”. A corporação recebeu cobranças do governo federal e da prefeitura de São Paulo, mas alegou que Verônica não pediu para ir para uma cela separada.
Na quinta-feira (16), Verônica foi transferida para o Centro de Detenção Provisória Chácara Belém 2 e ficará em uma cela especial para detentos LGBT. Em relato, Verônica disse que foi agredida por policiais na última sexta, quando foi presa acusada de homicídio culposo. Em imagens do último domingo, ela aparece com roupas rasgadas e rosto desfigurado.
Para a Defensoria Pública, a travesti passou por tortura e há sinais de maus-tratos, abusos, exposição indevida da imagem, coação e constrangimento ilegal na prisão. “Há suspeita de tortura em virtude de como o rosto de Verônica ficou desfigurado”, diz a defensora pública Juliana Belloque ao G1. “É difícil acreditar que para conter uma presa ela tenha que ficar com o rosto espancado”.
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