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Irmã de bailarino morto por garoto de programa contesta versão de assassino

Irmã de bailarino morto por garoto de programa contesta versão de assassino

Ela contestou também a versão do garoto de programa referente ao domingo ter sido o primeiro contato que os dois tiveram.
A irmã de Reinaldo Pepe, Rute Pepe, contestou a versão do garoto de programa Wallysson Santana de Castro, 24 anos, de que ele matou o bailarino do Balé Folclórico da Bahia (BFB) Reinaldo Pepe dos Santos, 40, por conta de R$ 20 do valor combinado por um programa.
“Ele está tentando denegrir a imagem de meu irmão. Reinaldo não era pessoa de se envolver com prostituição nem de ficar por aí ‘caçando’ parceiros”, afirmou Rute.
Suspeito foi preso e confessou o crime.
(Foto: Mauro Akin Nassor)
Ela contestou também a versão do garoto de programa referente ao domingo ter sido o primeiro contato que os dois tiveram. “Quando falei com o proprietário da pousada por telefone, ele me disse que esse Wallysson já estava morando na casa do meu irmão havia mais de dez dias”, relatou.
“Recebi no WhatsApp uma foto dos dois juntos que comprova que eles já se conheciam antes, mas só vou divulgar essas informações depois que conversar com o delegado. Também vou trazer novas testemunhas, pois tudo que ele está dizendo é mentira”.  
Rute informou que irá prestar depoimento no DHPP, hoje pela manhã, e espera poder comprovar que o objeto do crime não foi uma disputa por R$ 20 e sim o latrocínio. Wallysson disse no depoimento que estava sob efeito de  cocaína durante o crime. Ele relatou que não tinha intenção de roubar a vítima, mas que no desespero antes de sair da pousada coletou os bens do bailarino para vendê-los e conseguir dinheiro para fugir da cidade.
Wallysson não tinha passagens pela polícia. Ele disse no depoimento que faz programa desde os 21 anos, e citou que atraía seus clientes principalmente no Cine Tupi, espaço que exibe filmes eróticos, na Baixa dos Sapateiros. Natural de Salvador, ele relatou que é usuário de maconha, cocaína e crack, e já foi internado em casas de reabilitação três vezes.
Aproximação e morte
De acordo com o delegado Guilherme Machado, responsável pelas investigações, o contato entre Wallysson e Reinaldo aconteceu na madrugada do domingo, logo após a saída do bailarino de uma apresentação no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho.
“Ele disse que avistou Reinaldo, acompanhado de um amigo, bebendo em uma das ladeiras do Pelourinho. Disse saber de quem se tratava pois o conhecia de vista, então aguardou até que o amigo fosse embora e se aproximou”, informou o delegado. Os dois tomaram uma cerveja, combinaram um programa por R$ 70, e o bailarino o convidou para ir até a casa dele, na Rua do Alvo, na Saúde.
Lá, teriam tido uma discussão sobre o valor do programa. Na apresentação, Wallysson informou que recebeu menos que o combinado. “Nós tínhamos combinado R$ 70 e ele me pagou R$ 50, aí eu não aceitei, pedi a chave para ir embora e ele me deu uma ‘guela’ (gravata), aí eu peguei uma gilete e dei um golpe nele”, afirmou Wallysson.
Em seguida, o garoto de programa narrou que Reinaldo teria esboçado um novo golpe contra ele, utilizando uma faca. “Ele me feriu na mão, daí nós continuamos brigando, peguei a faca e dei o outro corte no pescoço”, relatou Wallysson, mostrando cicatrizes na mão direita.
O delegado Guilherme Machado disse que um vizinho relatou que ouviu o barulho de pratos e objetos caindo na quitinete de Reinaldo. “O pessoal contou que escutou  barulho das coisas caindo no quarto de Reinaldo, mas que eles não fizeram nada pois o bailarino não gritou por socorro, então imaginaram ser um acidente”, relatou.
O delegado disse não acreditar que a agressão tenha partido do bailarino, e que uma briga com facas tivesse precedido o golpe fatal. “Pelo levantamento feito pelos peritos, me parece que, quando Reinaldo foi golpeado no pescoço, ele estava em uma posição vulnerável, ou seja, foi pego de surpresa”, afirmou.
Wallysson vai responder por homicídio qualificado e roubo, já que ele teria tomado a decisão de roubar depois de matar o bailarino. “O latrocínio é caracterizado quando o indivíduo mata para roubar, o que não foi o caso. Na minha leitura, ele tinha a intenção de matar e só depois tomou a decisão de roubar os pertences”, informou.

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