Prezada
Professora,
Prezado Professor,
Prezados Pais de Alunos,
Comunidade Andorinhense,
Prezado Professor,
Prezados Pais de Alunos,
Comunidade Andorinhense,
Sabedores
do compromisso que tem cada um dos que compõem, hoje, o quadro de servidores da
Secretaria Municipal da Educação de Andorinha (SEMEC) e reconhecendo o papel de
centralidade que exerce o professor e demais profissionais da educação no
processo de mudanças e conquistas na área da educação com as medidas
implementadas em nosso município, foi com SUPRESA
e PREOCUPAÇÃO
que nós, responsáveis pela educação no município, vimos à decisão do Sindicato da categoria
de decretar greve.
Através desta nota de esclarecimento,
informamos à toda comunidade escolar e à sociedade Andorinhense a forma como o município vem enfrentando esse
momento histórico da Educação Brasileira, Baiana e em nosso município.
A Sociedade Brasileira vem assistindo
nos últimos anos e, mais precisamente, nos últimos doze meses, diversas
manifestações da população brasileira, contra atitudes de corrupção,
desrespeito ao Patrimônio Público e negligência política para com os cidadãos
brasileiros, negando-os direitos essenciais à existência humana como Saúde,
Educação e, tantos outros direitos que lhe garantam uma melhor e maior
qualidade de vida.
O que está acontecendo com o Brasil,
com a Bahia e, em particular, Andorinha, que não consegue dar conta dos
problemas crônicos da educação?
A Valorização do profissional do
Magistério, seja em sua formação ou em sua remuneração; os resultados das
avaliações externas se apresentam ainda
muito distante do que os nossos alunos e pais merecem; a garantia do Direito
que nossos alunos de escolas públicas tem de aprenderem a ler e escrever na
idade certa, ou até mesmo fora dela; Escolas melhores, professores mais bem
pagos, com salários condizentes com sua profissão grandiosa de ser PROFESSOR,
mais bem preparados, mais motivados, mais estimulados, ou até mesmo, mais
felizes e satisfeitos com a sua profissão!
Esta são as perguntas que a
Secretaria de Educação se faz a todo momento? O que fazer para ajudar esta
categoria de profissionais que tanto sonham com sua profissão sendo reconhecida?,
Plano Decenal de Educação, Planos de Carreira e remuneração dos profissionais
do magistério, reforma de escolas, construção de escolas, materiais didáticos,
pedagógicos, transporte melhor para professores e alunos, garantia do piso
salarial nacional( apesar de ainda não ser o melhor) melhoria no salário de
acordo com a carreira( apesar de ainda não ser do jeito que o professor, sonha
e merece!) ...Poderíamos citar aqui tantas outras conquistas, mas nada ainda
consegue dar conta dessa insatisfação!
A paralisação
Primeiro a secretária de educação foi
procurada pelo sindicato, na pessoa da professora Graceliana e da funcionária
pública municipal Regina, secretária do sindicato, cedida pelo governo
municipal para servir ao mesmo, nos perguntando sobre o aumento salarial e que
o ensino fundamental I estava querendo o direito de 1/3 de sua carga horária
fora de sala de aula para planejar conforme garante a Lei do piso Nacional. A
secretária pediu um prazo de umas duas semanas para sentarem e conversarem a
respeito. No momento não poderia acontecer por conta do acúmulo de trabalho com
a adequação do Plano Municipal de Educação, mas que iria fazer um estudo e logo
em seguida sentariam. Passados uns dez dias, já próximo do prazo da reunião com
o sindicato, a secretaria recebe alguns documentos vindos de algumas escolas
onde alguns professores informavam à secretaria que a partir do início da
segunda unidade só dariam 13 aulas. A secretaria sem entender bem o que estava
acontecendo porque as informações estavam desencontradas das do sindicato
resolveu marcar uma reunião com todos os professores da rede. E assim o fez.
Sentaram, conversaram, dialogaram, a secretária, professora Dourineide
Conceição, apresentou os dados financeiros do FUNDEB, quanto estava aplicando
nos 60 e 40 por cento e como estava difícil dar reajuste com os recursos tão
escassos. Que as 13 aulas eram praticamente impossível, diante dos dados
técnicos e financeiros da secretaria e da prefeitura. Nesse encontro se firmou
alguns compromissos como garantir 1/3 do professor fora da sala, ou seja 7
horas sem aluno, o que implicaria em mais despesas para o Fundeb já que geraria
mais cargas horárias, que a princípio a secretária já achava que o mais correto
era colocar os contratos para desempenhar a função de professor substituto, por
ser menos custo para o município. Foi dado um tempo para os professores se
reunirem e a gente voltar a se encontrar.
Os professores decidiram por outra
assembleia e que depois sentaria uma comissão com a secretaria, que se dispôs a
mostrar a folha de pagamento e a impossibilidade dos 13 por cento de
reajuste. Houve esta nova reunião alguns dias depois, de forma tranquila e
pacifica, onde mostramos que a secretaria não tinha como dar o reajuste total,
apresentamos 6 e 5 por cento como proposta e que não dava para dar 13 aulas e
sim 16 aulas de 50 minutos para o fundamental II, garantimos as 25 horas, com
uma parte de ac feita na escola e o restante em casa, para o fundamental I. Os
professores da comissão disseram que não aceitavam, viram que a educação
realmente não tinha recurso, mas que deveria fazer alguns ajustes que foram
questionados pela comissão e que deveriam envolver o executivo que deveria
tomar outras providências administrativas que pudesse estar garantindo o
reajuste salarial dos professores. A secretaria se posicionou dizendo que eles
teriam que sentar então com o executivo. Foi aí que a Presidente do Sindicato
dos Professores, a professora Sandra Luzia pediu que a secretária visse um novo
estudo para tentar encontrar um melhor caminho e sabia que o prefeito se
consultado iria se voltar de novo para a secretaria de educação em busca de
mais informações. Foi feito o acordo e na semana seguinte a comissão sentaria
com a equipe da educação para discutir o novo estudo com os novos ajustes. Foi
solicitado também, através de um abaixo assinado dos professores a permanência
das 25 horas.
A secretaria fez o estudo e resolveu
não mais sentar só com a comissão mas com todos os professores da rede para
apresentar a última proposta de negociação mediante os recursos disponíveis e,
depois de junto com o secretário de administração Vailton Leite e secretária de
finanças Lurdineia Guimarães e a contabilidade que presta assessoria à
prefeitura municipal de Andorinha terem sentado o dia inteiro em Salvador
para ver toda situação de orçamento e das despesas previstas para a
educação como um todo no ano letivo de 2015.
A reunião foi marcada no Colégio
Municipal de Andorinha para às 16:30h. A proposta foi de garantir o reajuste de
13,01 por cento, 25 horas para o ensino fundamental I, garantia de 1/3 da
jornada de trabalho para todos planejarem suas atividades, os professores da
Creche e Morro Branco ficariam com 40 horas e um dia livre a cada dia da
semana para suas atividades de planejamento, o ensino fundamental II com 16
aulas, que não foi aceito, pois só aceitam 13 aulas. A reunião foi um pouco
tumultuada também com a informação de que alguns professores perderiam suas
suplementações porque alguns professores também concursados da rede, que se
encontram fora de sala de aula em outras funções teriam que retornar para a
sala de aula a fim de provocar redução de custos e viabilidade do possível
reajuste. A secretária disse que era a proposta que tinham e eles disseram que
iriam paralisar na segunda para se reunirem em assembleia. Os questionei por
que não paravam no sábado para se reunir e dessem aulas na segunda, mas não
aceitaram.
Este foi nosso último contato e
depois ficamos sabendo que eles tinham ido atrás do prefeito para conversar. O
prefeito recebeu uma comissão de seis pessoas e marcou um próximo encontro para
sexta-feira próxima com a presença do jurídico e da secretária gestora da
pasta. Mas hoje fomos informados que entregaram um ofício dizendo que só tomarão
qualquer decisão de retorno às aulas após a reunião de sexta.
Segunda-feira, a secretária municipal
de educação, muito preocupada com o rumo que as coisas estavam tomando convidou
o Presidente do Conselho Municipal de Educação, José Wilson, vereador Marinaldo,
Secretário de Administração Vailton Leite a fim de que pudessem provocar um
diálogo com a categoria e, juntos tentar sanar este problema. Resolvemos marcar
uma reunião na sexta-feira com a presença dos conselhos do Fundeb e Conselho
Municipal de Educação, vereadores e ministério público, acompanhados do
Procurador Jurídico do Município, do sindicato e do poder executivo. Vamos ver
se a gente consegue um diálogo pacífico e ordeiro para as aulas voltarem à
normalidade.
Ressalto
que em nenhum momento, a Secretaria de Educação se negou ao diálogo, ou a
qualquer outro tipo de negociação. Que acreditamos na capacidade de negociação,
do poder público municipal estar sensível aos direitos dos professores mas, que
para garantir aos mesmos alguns direitos, precisamos ter a garantia de recursos
financeiros para a folha de pagamento agora e nos meses vindouros, bem como a
manutenção e desenvolvimento do ensino. Não se pode agir de forma impulsiva,
sem levar em consideração as leis que regem o serviço público e os índices que
a prefeitura tem que cumprir, além da lei do orçamento.
Em
vista disso e levando em conta, principalmente, o interesse maior dos alunos e
da educação de Andorinha, a SEMEC
faz um apelo a PROFESSORES
e EDUCADORES,
no sentido de evitar a interrupção das aulas e de voltar à mesa de negociação,
espaço que a Prefeitura Municipal de Andorinha sempre manteve aberto como
ambiência para resolução e entendimento.
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