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Prefeitura quer despoluir toda a orla de Fortaleza em seis anos

Considerada principal ponto para banho de mar em Fortaleza, a Praia do Futuro está completamente imprópria para banho
EVILÁZIO BEZERRA
Beira Mar tem trechos próprios, mas também esgoto despejado no mar
Com a Praia do Futuro completamente imprópria para banho há duas semanas, a Prefeitura de Fortaleza anunciou, na manhã de ontem, um pacote de ações com vistas à despoluição da orla marítima da Capital. A pretensão é que toda a extensão da faixa de praia fortalezense esteja com condições favoráveis à balneabilidade em seis anos. As ações, contudo, devem ter início somente no 2º semestre de 2017.

A medida faz parte do programa Fortaleza, Cidade Sustentável, da Secretaria Municipal do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), e será financiada pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BID). A instituição investirá US$ 146,6 milhões - cerca de R$ 451,5 milhões – nas intervenções. Antes, a previsão era beneficiar apenas praias da zona oeste, mas, com a valorização do dólar, será contemplada toda a orla da Capital.

A Praia do Futuro, no litoral leste, é considerada o principal ponto para banho de mar da Capital, com forte apelo turístico, mas a situação da balneabilidade é a pior em três anos. Desde 2013, alguns pontos daquele trecho já foram considerados impróprios para banho, mas eles não haviam sido considerados integralmente impróprios no mesmo período de abril.

“Quem sabe a gente já não tem esse projeto de orla 100% balneável em 2020. Essa é uma grande expectativa. Mas as ações devem começar no próximo ano, já que 2016 será um ano de preparação do programa. De elaborar projetos e editais de licitação”, disse a secretária Águeda Muniz. O programa tem três componentes, relacionados à infraestrutura urbanística e ambiental da Cidade, ao fortalecimento institucional da Seuma e à gestão do programa. 

As ações anunciadas ontem, na sede da Seuma, no bairro Cajazeiras, estão no eixo da infraestrutura. Têm como foco o tratamento das águas, das áreas verdes e o controle da poluição por resíduos sólidos, demandando um investimento de aproximadamente R$ 105 milhões. Cerca de 130 mil pessoas serão beneficiadas com a medida, segundo a Prefeitura. Águeda reforça que os recursos serão destinados exclusivamente ao meio ambiente, algo inédito no Município.

Esgoto no mar
Apesar de toda a orla de Fortaleza já dispor de rede de saneamento básico, diagnóstico feito pela Seuma revelou que a principal causa de contaminação da faixa de praia é o despejo irregular do esgoto de aproximadamente 16 mil imóveis de famílias que vivem na zona oeste e são consideradas de baixa renda. Para combater a prática, a previsão é que todas essas residências sejam conectadas na rede de coleta, através de obras custeadas pela Prefeitura, evitando que os dejetos sejam despejados nas redes de drenagem, desembocando no mar. 

Em todos os anos da gestão do prefeito Roberto Cláudio (PDT), foram lançados programas voltados para a despoluição dos recursos hídricos. Um deles foi o Águas da Cidade. Lançado em setembro de 2013, o programa foi definido pela secretária como uma “política pública de meio ambiente”, foi inserido no Cidade Sustentável. 

Saiba mais

A Seuma recomenda que os banhistas da Capital evitem contato com o mar no período chuvoso, mesmo que o local tenha sido considerado próprio para o banho. A intensidade das precipitações pode interferir na qualidade da água, já que grande quantidade de esgotos sem tratamento, lixo e outros detritos são carreados através das galerias pluviais, córregos e canais de drenagem.
do: http://www.opovo.com.br/

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