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Argentina: Procurador que denunciou Cristina Kirchner é encontrado morto

Procurador que denunciou Cristina Kirchner é encontrado morto

Alberto Nisman foi encontrado morto com um tiro na cabeça poucas horas antes de ele detalhar denúncia contra a presidente no Congresso.

Procurador que denunciou Cristina Kirchner é encontrado morto Pablo PORCIUNCULA/AFP
Kirchner foi acusada de encobrir o envolvimento do Irã no caso do atentado de 1994 contra a Associação Mutual Israelita ArgentinaFoto: Pablo PORCIUNCULA / AFP
Alberto Nisman, o procurador argentino que acusou a presidente Cristina Kirchner de suposto encobrimento do Irã no caso do atentado de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em Buenos Aires, foi encontrado morto em seu apartamento da capital argentina com um tiro na cabeça.

Conforme a procuradora Viviana Fein, que falou com a imprensa sobre o caso, Nisman foi encontrado pela mãe. Ela foi contatada por seguranças pessoais do procurador, que alertaram a família diante da falta de resposta aos insistentes telefonemas no domingo. Próximo ao corpo, foi encontrada uma arma calibre 22. O corpo do procurador foi levado ao necrotério para que a causa de sua morte seja estabelecida.

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Nisman, 51 anos, iria se apresentar nesta segunda no Congresso para dar detalhes de sua dura denúncia contra a presidente Kirchner e seu chanceler Héctor Timerman, acusados por ele, na quarta-feira passada, de acobertar o Irã por seu suposto envolvimento no atentado contra a AMIA que deixou 85 mortos e 300 feridos em 1994. O governo negou a denúncia do procurador, chamando-o de mentiroso e atribuindo a atuação de Nisman a uma operação dos serviços de inteligência.

O procurador havia sido designado em 2004 por Néstor Kirchner como procurador especial para o caso AMIA, um ano após a anulação de um julgamento por irregularidades na investigação.

A denúncia 

Em um relatório de 300 páginas, Nisman pediu uma investigação contra Kirchner, que supostamente teria favorecido a assinatura em 2013 de um Memorando de Entendimento entre Argentina e Irã para poder interrogar os acusados em um terceiro país e avançar em um caso estancado há 20 anos.

A acusação de Nisman foi o último de uma série de confrontos entre funcionários de alto escalão e a Justiça argentina sobre o esclarecimento desse atentado. Além da investigação, Nisman havia pedido um embargo preventivo de bens no valor de 200 milhões de pesos (23 milhões de dólares) de Kirchner, de Timerman e de outros funcionários.

A denúncia foi recebida com cautela por grupos da comunidade judaica, embora ao longo da semana tenham pedido que as provas que Nisman tinha fossem divulgadas.

Segundo o procurador, a posição do governo de Kirchner obedecia a seu interesse pelo petróleo iraniano porque "buscava restabelecer relações comerciais de Estado a Estado, sem prejuízo dos intercâmbios que já existiam em nível privado".

* AFP

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